06/06/2009

O dia seguinte


Não seguindo a “convicção democrática” do Vítor Dias do blog Tempo das Cerejas vou falar, mesmo em dia de reflexão, dos resultados das eleições de amanhã. Podia explicar porquê, mas parece-me óbvio não seguir aquela convicção.
Nuno Ramos de Almeida no blog 5 dias, num pequeno texto, a que chamou Ilusionistas de Gravata, escreveu: Vamos assistir no domingo a um excelente exercício de magia: vão garantir-nos que perder três ou quatro deputados, em relação às anteriores europeias, é uma grande vitória. Vão convencer-nos que ter trinta e poucos por cento é a antecâmara da maioria absoluta mais do que certa. Vai uma aposta? Não podia estar mais de acordo com este pequeno apontamento. E mais, não vai ser só na noite das eleições. A operação já começou. Basta ter visto o debate que decorreu na sexta-feira à noite na SIN Notícias, para se ter percebido o seu início.
Mario Bettencourt Resendes deu o tom, mas o seu tradicional opositor, Luís Delgado afirmava, tal como Passo Coelho, que Paulo Rangel tinha obrigação de ganhar. Havia condições para o fazer, mesmo que perdesse por poucos era uma derrota, que fazia prever uma outra muito maior em Setembro. A fúria foi tão grande que me pareceu que esta figura já estava a fazer a cama à Manuela Ferreira Leite.
Por isso já antes das eleições se começa a preparar a opinião pública para que se o PS vencer, nem que seja por mais um voto, é já uma grande vitória, visto que, e a comparação foi muito utilizada, o PS nas últimas eleições europeias, porque estava na oposição, tinha infligido uma grande derrota a Durão Barroso. Por isso, nunca se comparará os resultados que cada um dos partidos, PSD e PS, tiveram nas últimas eleições europeias, mas sim que quando há crise, e estamos sempre nela, o principal partido da oposição tem obrigação de ganhar por muitos este tipo de eleições. Assim fazem política os nossos comentadores.

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