06/09/2009

Asfixia democrática


Realizou-se esta noite, como todos sabem, o debate entre Francisco Louçã e Manuela Ferreira Leite na TVI. Logo a seguir, todos os canais por cabo que se dedicam à informação, e são três: SIC Notícias, TVI 24 e RTP N, arrancaram com um leque de comentadores para apreciarem o debate.
Em nenhum dos canais, e parece que os comentadores foram todos escolhidos a dedo, não houve ninguém que ideologicamente estivesse à esquerda do PS. Já se sabe que foi um fartote, quem mais mal dizia das propostas do Bloco de Esquerda.
Não houve da parte de qualquer dos canais a preocupação de um balanceamento, de apresentarem diversos pontos de vista. E mais, sem conhecer todos os comentadores, diria que foram escolher os mais reaccionários. Nem sei mesmo se estava alguém próximo do PS.
Na SIC Notícias estava a Inês Serras Lopes, bem conhecida pelas posições reaccionárias e um economista, João Duque, também altamente conservador, e outro, que não me lembro. Na TVI 24 estava o José Manuel Fernandes, director do Público, fresco também, e outros dois do mesmo jaez. Na RTP N, onde se esperaria maior imparcialidade, foram juntar Carlos Abreu Amorim, que prima pelas reaccionarices que diz, Joaquim Aguiar do mesmo estilo e alguém do Expresso.
Se isto não é a verdadeira asfixia democrática de que Manuela Ferreira Leite acusa o PS, então o que é? Já se sabe que esta senhora nada tem contra esta situação. Mais, parece que ela foi criada mesmo para a defender e ao bloco central da boa performance de Francisco Louçã.
São estas coisas que o Sr. Pacheco Pereira sempre muito atento ao controlo da informação não é capaz de denunciar.
P.S. (7/8/09):
o outro da SIC Notícias era o Paulo Baldaia, director da TSF e socratista, até ver, dos quatro costados. Parece que este tema causou a devida indignação na blogosfera. Ainda bem. Assim reparo no 5 dias, no Entre as brumas da memória e no Avatares de um desejo, de onde foi retirado o primeiro post referido.

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